terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fiquem Ligados!


Texto escrito por Zico, autorizada pelo próprio a sua publicação aqui no Avante Flamengo.


Quem acompanha as minhas colunas vai se lembrar que, recentemente, ao falar sobre o Flamengo que queremos ver disse que não daria linhas aos que estão jogando contra o nosso trabalho. E disse isso porque tínhamos dificuldade até para identificar essas pessoas que se dizem flamenguistas, mas que nos bastidores agem para prejudicar uma mudança definitiva no futebol do clube. Sigo optando por não acusar ninguém sem ter as devidas provas, mas esta Conexão dedico a explicar a você, torcedor, um pouco do jogo sujo que está sendo praticado usando as mídias convencionais, mas também os sites, blogs e twitter.

Gostaria de dizer que estou aberto a críticas por erros que tenha cometido ou venha a cometer. Como jogador, tenho orgulho de uma carreira vitoriosa de mais de duas décadas, mas é claro que errei muitas vezes. Portanto, nenhum problema com críticas ao meu trabalho na direção de futebol do clube. Mas o que não vou admitir em hipótese alguma é a covardia de me atacar com mentiras, de atacar meus filhos com acusações absurdas. Defendo a transparência administrativa e faço questão de explicar o que for necessário, mas quero dizer que não falo sobre a política do clube como um todo, respondo apenas pelo departamento de futebol.

Há cerca de duas semanas soube que pessoas ligadas ao Flamengo - não sei qual nível de ligação - estariam plantando boatos de que as contratações do Val Baiano e do Borja teriam sido intermediadas por empresas de meus filhos. Uma mentira covarde muito fácil de ser comprovada. Veículos sérios de imprensa com profissionais que tem credibilidade não caíram nessa história absurda. Mas sempre tem alguém disposto a atender a interesses maldosos, não é mesmo? Pois é. Escondidos em blogs e páginas de relacionamento, publicaram insinuações com teorias diferentes igualmente sem cabimento.

Uns tentaram ligar uma antiga empresa de eventos de meu filho Arthur Junior em sociedade com Alan Espinosa às transações. Outros foram atrás do meu filho Bruno, que é o mais flamenguista de todos e, como presidente do CFZ do Rio, articulou a parceria feita com o Flamengo no ano passado ainda na gestão de Delair Dumbrosck. A insinuação era de que eles, através da mesma empresa, participaram dessas transações e ainda da contratação do Leandro Amaral, recebendo dinheiro como agentes.

O que fizeram essas pessoas maldosas foi misturar casos e anos para tentar me atingir através da minha família. Há cerca de 6 anos, a Eagle, empresa criada pelos meus filhos com o Alan Espinosa e que organiza o Jogo das Estrelas, tentou seguir também o caminho da representação de atletas. E nessa ocasião, pelas ligações do Valdir Espinosa com o Paraguai, a empresa representou o Ramirez na vinda dele ao Flamengo em 2005. Isso foi de conhecimento público.

Eu estava na seleção japonesa nessa época e a ideia deles era dar suporte ao CFZ do Rio e representar atletas. Mas, depois da Copa de 2006, decidi que seria treinador de futebol e disse a eles que não gostaria de ver meus filhos atuando como intermediários em contratações de jogadores. Isso me causaria um desconforto em cada clube que eu chegasse, mesmo trabalhando fora do país.

Bruno e Junior entenderam a minha posição e a Eagle passou a trabalhar apenas com eventos como o Jogo das Estrelas. Enquanto Bruno assumiu a administração do CFZ do Rio e a escola de futebol, Junior optou por fazer um trabalho nos EUA, onde passa boa parte do tempo. Juntou profissionais de qualidade para ser professores e montou clinicas em várias regiões do país. Tendo um sócio radicado e empresa estabelecida nos EUA, nos últimos anos vem se dedicando a isso. Foi assim que fiz no meio deste ano uma clinica nos parques da Disney.

Se dependesse de muitos de meus familiares – incluindo o próprio Junior, que torce para o Guarani - e amigos, eu hoje não estaria na direção de futebol do Flamengo. Todos temendo pela minha saúde, pelo meu desgaste em função de acusações, covardias como essas. Mas eu já imaginava que tudo isso poderia acontecer.

Quero declarar ao torcedor do Flamengo que me acompanha e está apoiando nosso trabalho que essas pessoas desonestas e mal intencionadas não vão me intimidar desta forma suja. Não tenho medo desse jogo. Vou seguir fazendo o que acredito, comandando a reestruturação do futebol, trabalhando na construção do CT e na formação de atletas para um futuro melhor para o Flamengo. Se quem dirige o clube entender que eu não devo mais administrar o futebol, eu saio. Não tenho apego ao cargo e jamais quero atrapalhar o Flamengo. Mas quero que os críticos apareçam para o debate franco com críticas sérias. E podem vasculhar minha vida, da minha família, que estou aberto a isso. Será que essas pessoas estão dispostas também ao jogo aberto?

Sobre Borja, Val, Leandro e tantos outros, o que digo é que tratei de todos os casos diretamente. Meu filho Bruno muitas vezes me ajuda a localizar este ou aquele jogador ou mesmo empresário porque conhece muitos atletas. Borja, por exemplo, foi uma sugestão de um empresário do sul chamado Machado, que mal conheço, aprovada pelo Rogerio e seu auxiliar marcelo Buarque. Vimos o DVD, um jogador jovem e barato e trouxemos como aposta. Não era para resolver os problemas. Val Baiano foi o segundo artilheiro do Brasileirão 2009 e tratei diretamente com o jogador, sem empresário. O mesmo caso do Leandro Amaral.

O curioso é que nas contratações do Deivid e do Diogo - jogadores com mais nome - não tentaram envolver meus filhos. Muito conveniente e covarde escolher os atacantes que não estão conseguindo fazer os gols para ilustrar esses boatos no momento em que o Flamengo passa por dificuldades.

Para finalizar, meu recado para o torcedor é parecido com o que já tinha dado em colunas anteriores. Cuidado com o que você lê por aí em blogs, sites e até na mídia convencional. Alguns desses que escrevem mentiras nós não sabemos muito bem de que lado estão, mas sabemos que não tem compromisso algum com a verdade. Há aqueles que têm interesses que vão muito além da notícia. E tem ainda o grupo dos que fazem por pura maldade ou porque não gostam do Flamengo ou estão sendo usados pelo que chamam de “fontes”. Esses grupos, que se entranham nos veículos de comunicação e na internet, aos poucos estamos localizando e minha posição será ignorá-los respondendo apenas quando for ofendido. E questionando judicialmente quando for necessário. Espero que você observe com atenção e faça o seu julgamento.

Até a semana que vem!

ZICO
Postado em seu site ZNR.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Primeiro Round foi nosso!

 Flamengo 1 x 0 Corinthians
(Gol: Adriano) 

São Pedro disse: "Quero participar também!"

E o primeiro tempo só deu ele. São Pedro robou bolas, driblou craques, matou contra-ataques, criou oportunidades de gol e ainda refrescou a massa rubro-negra, que se apertou nas cadeiras azuis do Maraca.

O resultado foi ótimo. E com ele, além de podermos contar com o "azar" do empate, temos ainda a vantagem de jogar fechadinho, só apavorando nos contra-ataques. A gambazada vai ver filme de terror no Pacaembú, semana que vem. 

Mais que o jogo, eu gostei mesmo foi da entrevista coletiva do Rogério. Ele declarou que tinha reparado que nos jogos anteriores, o Flamengo de Andrade, atacava de forma desesperada e com isso os adversários ficavam de butuca, só esperando a hora de matar a nossa defesa. E ele, em apenas alguns dias, mostrou ao time, uma forma de se colocar em campo de forma mais defensiva, atraindo o adversário, e usando a maior arma desse grupo: O contra-ataque.

Não precisa ser gênio para enxergar que o time do Flamengo tem jogadores de característica de revide. Ou seja, contém dois alas rápidos, dois atacantes de força, e um meio de campo que destrói com mais eficácia do que cria jogadas do fundo da cartola (exceção de Pet nos seus melhores dias). E isso faz o Flamengo ser um time com um contra-ataque poderoso. Foi assim no Campeonato Brasileiro do ano passado, e não sabe-se porque, não foi mais esse ano.

Pois bem... meio caminho andado.

Agora um assunto que tá geral comentando: A comemoração(?) do Adriano, no gol do jogo.

O David falou que ele está chateado porque a torcida hostilizou ele contra o Caracas, semana passada. Peraí... E a torcida? ela não pode ficar chateada também? Ela paga e ele ganha (e com proporção infinitamente superior). Além do mais, nada justificou a sua falta de assiduidade ao time nos jogos da Libertadores. Nem ele mesmo se justificou. Acho que o Imperador já tá bastante cascudo em termos de FLAMENGO, para saber que a torcida é paixão. Ela ama se você ama o Flamengo. Se você desdenha do Flamengo, ela desdenha de você também.

Vamos parar com essa história de, justificar o não justificável apenas pelo fato do Brasileirão de 2009. O que aconteceu ano passado, não adianta, já está eternizado. Mas a vida continua, e o presente é o que se vive.

Então, que venha o Corinthians semana que vem! E como diz o meu amigo Athurzão: "Sem essa de palhaçadinha!"

Avante Flamengo!

Bruno Eduardo 

terça-feira, 27 de abril de 2010

EU CONFIO, e você?


No dia 14 de junho de 1992, entrei pela primeira vez ao Maracanã. Meu pai também, só que com uma pequena diferença: foi o meu primeiro de muitos. Já ele, foi a primeira e última vez dentro do maior palco do mundo junto com a massa Rubro-Negra.


Naquela época, o rival do nosso mais querido era o favoritíssimo e na época, o melhor time em atividade no mundo: o São Paulo de Telê Santana. Além do professor do futebol arte, eles ainda vinham com um esquadrão de primeiríssimo quilate e um Raí no auge da carreira.


Com interesse maior na Copa Libertadores, o São Paulo mandou para campo um time mesclado e sucumbiu diante do futuro campeão da competição. Com um gol de falta de Rogério, quase que da intermediária - um balaço que Zetti ainda procura -, o Flamengo me deu o prazer de estreiar com vitória na minha apaixonada estrada de idas e vindas ao Maraca. E meu pai, que cresceu e viveu com a geração de ouro do Flamengo, guarda em sua lembrança de Maracanã - em qual foi a única de corpo presente -, o gol de Rogério.

Então, me perguntem se eu confio no Rogério como técnico do Flamengo.

Como eu poderia não confiar?

Toda vez que me lembro do Rogério, zagueirão do Flamengo penta campeão, vem na minha cabeça o gol de falta contra o São Paulo, e junto, uma nostalgia e sensação de debut. 

Esse cara me deu a oportunidade única de "início". E eu vou retribuir lhe dando a mesma oportunidade. Torço para que assim como eu, o seu batismo seja positivo. 

Mesmo que seja com resultado mínimo, com gol improvável e de personagem coadjuvante.


AVANTE FLAMENGO! 

Bruno Eduardo 

Gol de Rogério contra o São Paulo. (ASSISTA